ROSANE KAMINSKI
SEMINÁRIO AMENA 2
Seminário de Arte, Memória e Narrativa II - AMENA - Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná - PPGHIS/UFPR
EMENTA E PROGRAMA
Confira abaixo
EMENTA
Elaboração e defesa de um plano de trabalho a ser desenvolvido nos seminários subsequentes.
CONTEÚDO
A disciplina contempla discussões de textos e autores que se debruçam sobre as relações históricas entre artes, formas narrativas e cultura, valorizando, ao mesmo tempo, a historicidade das linguagens e os principais vetores morais, sociais e políticos presentes em seus contextos de produção. Pretende-se, ao longo do semestre, aprofundar as discussões conceituais que fundamentam a Linha de Pesquisa Arte, Memória e Narrativa, instigando os alunos a refletirem sobre as escolhas teóricas mais adequadas aos seus objetos de estudo.
PROGRAMA
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AULA 1
Apresentação da disciplina e diálogo sobre os conceitos norteadores da linha.
Texto de referência:
KAMINSKI, Rosane. Reflexões sobre a pesquisa histórica, a ficção e as artes. FREITAS, A.; KAMINSKI, R. (orgs). História e arte: encontros disciplinares. São Paulo: Intermeios, 2013, p. 65-93
AULA 2
Reflexões sobre história, ficção e artes – parte 1.
Textos para discussão:
ARISTÓTELES. Poética. [tradução de Ana Maria Valente]. Lisboa: Edição da Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.
RANCIÈRE, Jacques. Se é preciso concluir que a história é ficção. Dos modos de ficção. In: A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EXO Experimental / Editora 34, 2005, p.52-62.
AULA 3
Reflexões sobre história, ficção e artes – parte 2.
Textos para discussão:
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Ficção e imagem, verdade e história: sobre a poética dos rastros. In: GERALDO, Sheila Cabo (org.). Fronteiras: arte, imagem e história. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2014, p.91-124.
Textos complementares:
DÖBLIN, Alfred. O romance histórico e nós. História: Questões & Debates, n.44. Curitiba: Editora UFPR, jan./jun. 2006.
RANCIÈRE, Jacques. A historicidade do cinema. Significação, São Paulo, v. 44, n. 48, p. 245-263, jul-dez. 2017.
Obs: ver filme listen to britain: https://www.youtube.com/watch?v=Nq1UqU2u1hs&ab_channel=NuclearVault
AULA 4
Sobre a historicidade do conceito de arte e o processo de “artificação”
Textos para discussão:
DAMISCH, Hubert. Artes. In: Enciclopédia Einaudi, vol. 3. Lisboa: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1984, pp. 11-63.
HEINICH, Nathalie; SHAPIRO, Roberta. Quando há artificação? Revista Sociedade e Estado, UnB, Brasília, vol. 28, nº 1, jan-abr. 2013 [2012], pp. 14-28.
RANCIÈRE, Jacques. Prelúdio. In: Aisthesis: cenas do regime estético da arte. São Paulo: Editora 34, 2021, p. 7-14.
SHINER, Larry. The greeks had no word for it. In: The invention of art: a cultural history. Chicago: University of Chicago Press, 2011, p. 19-27 (obs: trecho traduzido por Arthur Aroha).
AULA 5
Sobre o conceito de montagem nas artes – o tensionamento das narrativas convencionais.
Textos para discussão:
BENJAMIN, Walter. A obra de arte no tempo de sua reprodutibilidade técnica. In: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
BÜRGER, Peter. A obra de arte de vanguarda. In: Teoria da vanguarda. São Paulo: CosacNaify, 2012, p.105-148.
AULA 6
Sobre o conceito de montagem no cinema e na literatura – o tensionamento das narrativas convencionais.
Textos para discussão:
BENJAMIN, Walter. O autor como produtor. In: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
XAVIER, Ismail. A alegoria segundo a tradição: retrospecto. In: Alegorias do subdesenvolvimento. São Paulo: Cosac Naify, 2012, p. 445-464.
Ver:
https://www.cineesquemanovo.org/en/caderno-de-artista/492/carlos-adriano
AULA 7
Sentidos da violência em narrativas da imprensa e das artes.
Textos para discussão:
FABRIS, Annateresa. O corpo como território do político. In: JAREMTCHUCK, Dária; RUFINONI, Priscila. Arte e política: situações. São Paulo: Alameda, 2010.
FOSTER, Hal. O que vem depois da farsa? São Paulo: Ubu Editora, 2021.
HAN, Byung-Chul. Topologia da violência. Petrópolis: Vozes, 2017, p.27-50 e p.137-155.
KAMINSKI, Rosane. Os curtas-metragens de Paulo Sacramento e o debate sobre a violência no Brasil dos anos 1990. Revista Antíteses, v. 12, p. 698-727, 2019.
KAMINSKI, Rosane. Arte e imprensa: cenas da violência no Brasil. In: KAMINSKI, R.; HONESKO, V.; SEREZA, L. (Orgs.). Artes & Violências. São Paulo: Intermeios, 2020.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: N-1, 2018.
MONDZAIN, Marie-José. A imagem pode matar? Lisboa: Nova Vega, 2009.
SCHOLLHAMMER, Karl Erik. Cena do crime: violência e realismo no Brasil Contemporâneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
SONTAG, Susan. Diante da dor dos outros. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2003.
AULA 8
Massacres e memórias de traumas nas letras, imagens e monumentos.
Textos para discussão:
DE DUVE, Thierry. A arte diante do mal radical. Ars nº 13, São Paulo, 2008.
FOSTER, Hal. O que vem depois da farsa? São Paulo: Ubu Editora, 2021.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar, escrever, esquecer. São Paulo, Editora 34, 2006, p.38-57.
GINZBURG, Carlo. Medo, reverência, terror. São Paulo: Cia das Letras, 2014, p.33-61 e 101-147.
HUYSSEN, Andreas. Culturas do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas da memória. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014, p.139-153.
LINDEPERG, Sylvie. O caminho das imagens: três histórias de filmagens na primavera-verão de 1944. Estudos Históricos. n. 51, Rio de Janeiro, FGV, jan-junho de 2013.
SÁNCHEZ-BIOSCA, Vicente. O semblante mutável das vítimas: imagens da aflição no Camboja (1975-2013). In: FREITAS; GRUNER; REIS; KAMINSKI & HONESKO (orgs.). Imagem, narrativa e subversão. São Paulo: Intermeios, 2016.
AULAS 9-13
Discussão de textos selecionados pelos alunos.
AULA 14
Discussão dos resumos de propostas de artigos a serem desenvolvidos pelos alunos e encerramento de disciplina.
Leituras complementares:
RANCIÈRE, Jacques. O efeito de realidade e a política da ficção. Novos Estudos - CEBRAP, n. 86, 6 mar. 2010, p. 75-90.
XAVIER, Ismail. A alegoria histórica. Teoria contemporânea do cinema, Volume I. São Paulo: Ed. SENAC, 2005, p. 339-379.